quinta-feira, 21 de agosto de 2014

HISTÓRIA DE VIDA ESTUDANTIL



       Desde cedo quando entrei na escola fui muito dedicada e sempre elogiada por diversos professores, sempre gostei de estudar, e a disciplina que mais tinha facilidade era a Matemática. Passei por diversas fases, assim como todos os alunos, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e hoje estou passando por mais uma fase que é minha Graduação na UFPB.  Tive a grande oportunidade de fazer o Magistério, assim como o curso de Licenciatura em Matemática também na área da Educação, a diferença é que prepara o professor para lecionar apenas nas séries iniciais que vai do 1º ao 5º ano.
         Falando um pouco sobre a questão da avaliação nas escolas que é um assunto bastante polêmico para muitos docentes, ao longo da minha trajetória pude perceber o quanto os professores tem tomado o exame como a avaliação “correta”, como se o ato de examinar fosse a melhor maneira de saber se o aluno realmente aprendeu ou não determinado conteúdo. Desde os anos iniciais até hoje na Universidade esse tipo de avaliação permanece, pois os docentes ainda têm em mente que a prova é um instrumento indispensável no que diz respeito à avaliação como se fosse o único meio de medir os conhecimentos adquiridos pelos educandos.
            Da 1ª a 4ª série, hoje conhecida como 1º e 5º ano, os professores pelo qual tive a oportunidade de conhecer sempre adotaram o mesmo método de avaliação, a avaliação por meio do exame, raramente fazíamos trabalhos ou outro tipo de atividades era geralmente baseada em provas. Entre essas séries tive uma professora que nos amedrontava, tanto a mim como os meus colegas na questão da tabuada, ela passava que tabuada deveria estudar para que no outro dia pudéssemos estar com ela na ponta da língua, pois se isso não acontecesse era castigo na certa uns até levavam umas tapas de vez em quando.
Da 5ª a 8ª série, ou seja, 6º e 9º ano o método de avaliação continuava o mesmo, agora um pouco mais diferente porque nos anos iniciais como era um único professor pra todas as disciplinas era tudo do mesmo jeito, não tinha atividades diferentes para que pudessem medir as diversas habilidades do alunado. Neste tempo de estudo que foi do sexto ao nono ano era um professor para cada disciplina e cada um tinha seu modo de avaliar, cada um possuía diferentes instrumentos de avaliação e não apenas a prova, alguns ainda praticavam esse método de avaliar mais já existia um avanço em meio à aprendizagem, pois o exame já não era o ponto principal da avaliação.
              No Ensino Médio não foi tão diferente, mas já havia professores que possuía diversas formas de avaliar, seja ela pelo exame como também pelo serviço da aprendizagem. Nessa etapa de ensino foi uma das que eu mais gostei de vivenciar porque foi onde comecei a ter oportunidades de expor meus conhecimentos através dos seminários, de um jornal que uma professora de língua portuguesa nos propôs e também por meio de relatos, pois no Fundamental esse momento de interação nunca existiu. Isso porque os professores foram sempre autoritários e pra eles não tinha importância à opinião dos estudantes.
           O Magistério também não foi diferente, pois há muito tempo os professores tem essa única prática, e essa realidade está bem complicada de ser substituída. Atualmente na Universidade pude notar que mesmo sendo um curso superior os profissionais ainda agem da mesma forma que os educadores do ensino básico com o intuito apenas de atribuir notas sem se importar com o aprendizado dos futuros profissionais deste país. Não são todos, mas ainda existe uma grande maioria que não faz o aluno pensar, e sim apenas reproduzir o que eles fazem. Pra grande maioria as notas é o essencial para classificar os melhores.
            Geralmente os professores examinam principalmente nas cadeiras de cálculo, fazendo apenas provas durante todo o semestre como avaliação. Os de educação é que procuram outros meios de avaliar, fazendo seminários, sínteses, fichamentos, pesquisas, entre outros, para que a avaliação possa ser durante o processo. Apesar de muitos avanços e estudos é difícil fazer com que essa prática aconteça com todos os professores mesmo eles tendo total conhecimento e sabendo que este método de avaliação não satisfaz a medição da aprendizagem, talvez seja porque dar mais trabalho avaliar a serviço da aprendizagem do que pelo método examinador.
            Deste modo, nota-se que dependendo do seu nível de ensino não existe muita diferença na hora da avaliação, pois no decorrer da história de cada um sempre terá algo em comum no seu modo de ser avaliado, dependo do grau de ensino será sempre uma coisa só, pois os professores não querem ter trabalho, procuram o caminho mais fácil de ser percorrido e esse caminho chama-se avaliar por meio do exame, uma maneira rápida e prática de medir a capacidade do aluno, mas não tão eficiente como a avaliação por meio do processo que é o modo que deveria ser mais utilizado nas escolas para que o ensino pudesse ser melhorado. 
               O interessante seria que desde cedo nos anos iniciais os professores procurassem os melhores métodos de ensino e avaliação para que o aluno pudesse ter um bom desempenho, fazendo atividades diferenciadas para que de uma forma ou de outra o aluno possa expor aquilo que sabe, pondo em prática o que ele aprendeu.  Assim, observando toda sua trajetória e não lhes impor uma nota que na verdade não seja satisfatória a medir o seu aprendizado, pois nota não quer dizer se o discente aprendeu ou não, é apenas algo simbólico que nem sempre está condizente com a realidade.


Um comentário:

  1. Esta é minha história de vida sobre toda tragetória vivida desde os anos iniciais até hoje na Graduação que fala das avaliações feitas pelos professores os quais tive a oportunidade de estudar. Venho por meio dela detalhar um pouco sobre pontos importantes, a maneira que meus professores avaliavam e algumas consequências por tais práticas que não foram satisfatórias para medir o aprendizado, onde essa prática se dava pela maioria dos professores por meio do exame.

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