segunda-feira, 28 de julho de 2014

SÍNTESE DO TEXTO “SER PROFESSORA: AVALIAR E SER AVALIADA”



 Maria Teresa Esteban
           
A autora logo no início do seu texto fala que quando se pensa em escola necessariamente pensa-se em avaliação, pois esse é um processo que frequentemente é objeto de intensos debates tanto dentro como fora da escola. Esse método envolve desde o corpo discente e docente da escola até os demais profissionais da equipe pedagógica, sem esquecer-se dos responsáveis pelos alunos que também estão envolvidos. Ela ainda ressalta que o processo de avaliação vem sendo acompanhado de propostas oficiais indicando mudanças curriculares e transformações no sistema de avaliação, gerando dinâmica da sala de aula, na gestão da escola e na organização do sistema educacional. A avaliação pode vincular-se aos processos desenvolvidos sob a ótica da emancipação social, sendo indispensável que as práticas escolares sejam democratizadas.
Deixa claro que avaliar como tarefa docente, mobiliza corações e mentes, afeto e razão, desejos e possibilidades. É uma tarefa que dá identidade a professora, normatiza sua ação, define etapas e procedimentos escolares, media relações, determina continuidades e rupturas, orienta a prática pedagógica. A avaliação como tarefa escolar, para estudantes e professora, inscreve-se num conjunto de práticas sociais que tomam o conhecimento como meio para manipular e dominar o mundo. Quando se fala em avaliação entre professora e aluno, os instrumentos e procedimentos para avaliar são por meio de provas, testes arguições, fichas, exercícios, boletins – com a finalidade de aferir o conhecimento que o estudante possui. Sabendo que tais instrumentos têm a função de isolar a subjetividade que constitui a dinâmica escolar.
No primeiro ponto sobre “A professora no espelho” ela diz que o ensino deve ser controlado e apresentar rendimento, ser eficiente e eficaz. Pois neste ponto a professora é apresentada como o sujeito que atua sobre os alunos transformados em objetos de conhecimento no processo avaliativo. A avaliação remete a uma ação da professora sobre os estudantes, muitas vezes vista como uma relação de poder. Mas esse procedimento também evoca uma avaliação, às vezes indireta, da própria professora. A avaliação também permite verificar o rendimento da professora; o resultado de sua turma indica seu desempenho, que pode ser medido, produzindo uma classificação na qual ela é exposta. Por isso, ao avaliar também é avaliada.
No segundo ponto que tem como subtema “Que respostas existem nas perguntas que eu faço?” a autora faz uma análise sobre a avaliação classificatória como um processo social profundamente marcado pela dinâmica de produção de conhecimentos característica das ciências naturais. Onde o processo avaliativo acompanha o movimento de constituição das ciências sociais caracterizadas por duas vertentes, a qual na primeira apresenta epistemologia e metodologias positivas, em que a manipulação do objeto de conhecimento está associada ao processo de compreensão, ou melhor, de domínio de informações. E a segunda produz-se pela constituição de estudos da sociedade em que se ressalta a especificidade do humano. Neste mesmo ponto ela fala que a avaliação qualitativa, apresentando novos horizontes, traz desafios que podemos enfrentar vinculando nossa discussão ao movimento em que se tece o conhecimento-emancipação.
E por último sobre “Desafios para uma prática tecida no cotidiano” ela pensa na avaliação como uma prática de investigação como uma possibilidade de distanciamento da avaliação classificatória. Para avaliar, é preciso produzir instrumentos e procedimentos que nos ajudem a dar voz e visibilidade ao que é silenciado e apagado. Com muito cuidado, porque a intenção não é melhor controlar e classificar, mas sim melhor compreender e interagir. Pois a avaliação não pretende controlar e classificar o rendimento do aluno, nem tampouco pode ser direta ou indiretamente, usada para controlar e classificar o rendimento da professora. A avaliação pretende promover uma reflexão que participe da experiência de ensinar com e de aprender com, tecida coletivamente em torno de toda a escola para juntos realizarem um trabalho que visa à ampliação permanente dos conhecimentos.
No entanto, a professora, ao avaliar, é avaliada, num processo coletivo, cooperativo, solidário, que busca a ampliação permanente da qualidade da escola, uma escola que tem como preocupação central o conhecimento como resultado das interações humanas e participantes das buscas humanas por uma vida mais feliz para todos.

REFERÊNCIA:
ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org). Escola, currículo e avaliação. 2ª. ed. São Paulo, Cortez, 2005, p.13-37.

Um comentário:

  1. Esta é uma síntese do texto "Ser professora: avaliar e ser avaliada", da autora ESTEBAN, texto esse proposto pelo professor Joseval para discutirmos sobre pontos importantes ressaltados pela autora, como por exemplo num trecho que ela fala que a professora, ao avaliar, é avaliada, num processo coletivo, cooperativo, solidário, que busca a ampliação permanente da qualidade da escola, uma escola que tem como preocupação central o conhecimento como resultado das interações humanas e participantes das buscas humanas por uma vida mais feliz para todos.

    ResponderExcluir