Cipriano Carlos Luckesi
O texto de Luckesi traz mais uma
reflexão sobre o exame, o mesmo mostra uma investigação feita com uns alunos que
foram de uma escola para outra, estes que saíram da quarta série para a quinta
série em outra escola onde essas crianças tem mudado seu modo de ver as aulas
porque o professor não mais investe no processo da aprendizagem, pois está
interessado no investimento do produto. Ele fala que antes ouvia as crianças
falarem que tiveram uma atividade legal na escola e que hoje ouvem dizer que
tiraram, por exemplo, 3,2 de uma atividade que valia 5,0 pontos, nisso
percebe-se o quanto o pensamento desses alunos mudaram com relação à
aprendizagem, pois o que interessa no momento é a nota e não o aprendizado.
O autor fala que o ato de examinar
tem como função a classificação do educando, minimamente, em “aprovado ou
reprovado”, pois este ato não se importa com a aprendizagem de todos os
estudantes com qualidade, mas que está preocupado com a demonstração e
classificação dos que aprenderam ou não, e isto basta. Neste caso o ato de
examinar está voltado ao passado onde o que interessa é apenas saber o que o
educando aprendeu, pois o que não aprendeu não se tem interesse algum. Mais na
frente ele diz que o ato de avaliar tem função de investigar a qualidade do
desempenho dos estudantes, assim a avaliação é diagnóstica. Ela gera um
conhecimento sobre o seu estado de aprendizagem, pois tanto é importante o que
ele aprendeu como também o que ainda vai aprender.
Em seu texto deixa clara a questão
do processo e do produto, a diferença é que um compõe-se do conjunto de
procedimentos para se chegar a um resultado mais satisfatório e o outro
significa o resultado final ao qual chegamos que infelizmente nas escolas
admite-se que seja o suficiente do jeito em que ele se manifesta,
respectivamente. Com relação ao investimento do produto o processo dá-se por encerrado quando se tem qualquer resultado
como bom, pois a expressão da nota divulga o que ele aprendeu, acredita-se que
o aluno não consegue ir mais além. Já em meio ao investimento no processo o resultado da aprendizagem
manifestado pelo estudante pode ser tanto satisfatório como insatisfatório e aí
vai se puder intervir para que a aprendizagem seja satisfatória se ela for
obtida como insatisfatória.
Deste
modo, investir no processo produzirá o melhor produto para todos, e os discentes
criarão para si mesmos valores e darão o melhor de si naquilo que fazem sem se
preocupar em fazer suas atividades para apenas uma obtenção de notas, e sim com
o intuito de ter uma melhor aprendizagem.
REFERÊNCIA:
LUCKESI,
Cipriano, Carlos. Avaliação da aprendizagem... mais uma vez. In: LUCKESI,
Cipriano Carlos. Avaliação da
aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2011, p. 61-65.
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